domingo, 24 de julho de 2011

Uma tarde qualquer...

Andando em uma bicicletinha azul enferrujada, o garoto desvia das inúmeras crateras na rua.
 Crateras cheias de lama, ruas cheias de crateras, ruas vazias. Só o garoto e sua bicicleta.

  O garoto está indo ao seu Paraíso Pessoal, para alguns, aquilo era o Inferno Coletivo, mas ele gostava de lá. Desce uma ladeira, dobra uma esquina, sobe outra ladeira e chega a uma avenida extensa e movimentada. Carros de passeio, caminhões de entrega, carros policiais, estão todos ali, aglomerados e parados.
      Maldito transito.
 A bicicleta empina e sobe uma calçada de ladrilhos brancos, e duas dúzias de carros ficam para trás, motoristas buzinando e reclamando sobre o congestionamento, alguns olham o garoto subindo e descendo as calçadas e pensam:

 
- Poxa, como seria bom ter um bicicleta agora...

 O garoto avista o motivo daquele congestionamento, um carro vermelho se chocado com um semáforo, fazendo-o cair e impedir a passagem dos carros. Buzinas e xingamentos poluem aquela rua, o garoto se sente tonto com tanta poluição sonora, mas ele não pode fraquejar, esta mais perto do que imagina do Paraíso.
 
 Entra em um beco sujo e minúsculo, pegando impulso para aumentar a velocidade e desviar das varias plantas que cresceram ali por falta de cuidado, as plantas o machucam, um galho seco e espinhoso o arranha na calça jeans, fazendo-a se cortar. O garoto enxerga uma luz vinda do final, uma luz forte,como se viesse de um farol,até que o beco chega ao fim e o Paraíso surge a sua frente, um garoto, vestindo uma calça jeans preta e um moletom verde, se dirigi ao garoto, o saúda, e pergunta:

 -E aí, vai jogar hoje?

 O garoto desce da bicicleta e a encosta em uma grade.

 -Claro que vou. –e abri um imenso sorriso.

  

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Titulo não definitivo #4

                                          ANIMAL

  O ar começa a ficar mais frio e denso,as folhas dos colossais pinheiros dançam com brisa gélida.Os dois ogros sebosos continuam sua jornada,sem se abaterem pelo frio,já Mike está quase tremendo de frio.Mas ele não pode esboçar nenhuma reação.
   Ele não deve.
  Se fizer isso,os gordos pegam o porrete e o batem violantemente na cabeça até que esteja morto.O sangue continua a escorrer,mas bem menos,Mike chuta que já perdeu 10% dos seu sangue.A morte agora estar seguido ele.
  A morte começa a acelerar o passo,cada vez mais próxima e próxima,Lee começar a sentir uma dor enorme na barriga,seus olhos negros e profundos se reviram de tanta dor.Ele vê a morte chegar ao lado dele,flutuando e sorridente,sussurar por entre os ossos da mandíbulas.
  Você tem sorte,camarada.
E ela desaparece,virando um densa e negra nuvem de poeira.
 
  -Cuidado!! –Grita um dos ogros sujos,empunhando o porrete e ficando em posição de ataque.O grito de medo fez Mike Lee acordar de seu pesadelo bizarro.

                                                               ---

   A morte me chamou de camarada.
  E disse que tinha sorte.Será que não irei morrer.
 Estou no chão lamacento e gelido,o que aconteceu?
 Olho doloridamente para uma nuvem de poeira na minha frente,gritos de luta e medo saem de lá.Os seres gordos estão lá,até que vejo uma coisa maior que ela lá.
  Parece um cachorro,tem a cabeça de um vira-lata,e seu corpo,parece com o corpo de um tigre,mas seus pêlos não são alaranjados como os de um tigre,são acinzentados,e com manhas negras.O animal ataca um dos ogros com um a patadas,fazendo com que o porrete remendado caia longe,junto com o seu braço.
  Irei morrer aqui.
 “Você tem sorte,camarada”
  Os gritos de dor continuam,o animal começar a comer o tronco do ogro que perdeu o braço,a nuvem de poeira some e dá para ver toda a cena.O outro ogro está empunhando a katana como se fosse um pedaço de madeira.

   -Seu monstro!!! –Grita o ogro,chorando –Você matou meu amigo,você merece morrer! – E começar a correr em direção ao animal.Pelo menos eles tem um pouco de humanidade.
  O animal agarra com os dentes agilmente o resto do corpo do ogro morto e o arremessa para cima,fazendo cair dentro de sua boca.O ogro sobrevivente,com a katana,é um idiota,quer ser vingar da morte do seu companheiro,mas vai acabar do mesmo jeito que ele.O animal vira a cabeça e vê o ogro correndo em sua direção,e como um movimento rápido,arranca sua cabeça com os dentes.Incrivelmente,o corpo continuou correndo durante cinco segundos,até se chocar com um pinheiros e cair de costas.
  Estou livre dos ogros.Mas agora é minha vez.
  Tudo está sujo de sangue,as patas dianteiras do animal estão banhadas em sangue,as únicas coisa que estaram dos ogros foram o braço de um e o corpo sem cabeça de outro.O cachorro com corpo de tigre olha para minha mim,minha espinha se gela naquele momento,começo a me tremer como um derrotado.
   Eu sou um derrotado.
  O bicho anda vagarosamente em minha,direção e começo a suplicar : Por favor,não me mate.Por favor,não.
   Meu tremor não para,fazendo com que o corte na barriga se estremeça e saia mais sangue.O cachorro dá mais alguns passos sorrateiros e finalmente chega perto de mim,estou chorando.Suplico pela ultima vez:Por favor,não me coma,eu quero voltar para casa,pro meu apartamento sujo e meu emprego medíocre,por favor,não me mate...
   O cachorro com corpo de tigre não dá atenção ao que falo,e começa a me cheirar,sinto o mal hálito de carne podre vindo de sua boca,é quase nausante.Ele dá um,duas,três fungadas e faz um expressão de nojo na terceira,quando cheira meu corte na barriga.Imediatamente,ele recua como quando um cachorro leva uma bronca do dono e corre furiosamente em direção a floresta.
  Estou vivo.
  Mas ainda estou amarrado no tronco e com um ferimento na barriga.Minha esperança voltam quando avisto a katana,a uns 15 metros de mim.Começo a rolar como um rolo compressor,um rolo compressor com um corte,que a cada toque com o chão barrento e lamacento me faz tremer de dor.
  Depois de vinte dolorosos giros,chego perto da katana suja de sangue.Coloco minhas mãos a frente e seguro ela,como a move-lá como um serrote na cordas do pés e logo em seguida na das mãos.Estou livre.
  Cansaço.
 Minhas pernas tremem um pouco quando finalmente fico de pé,procuro por algum curativo na mochila do ogro,e acho um tipo de gaze,coloco no corte e a amarro com um esparadrapo,que mais parece uma tira de couro de algum animal,talvez um boi.
   Pegou a bainha imunda de sangue pegajoso e a limpo na mochila do falecido ogro gordo,pensa bem,eles pareciam humanos,mas era extremamente gordos e com fissuras que pareciam valas, em seus rostos sebosos.
   Cansaço.
  Me apoio na katana e a uso como cajado,estou extremamente cansado,mas preciso seguir rumo pela estrada.Cada piscada de olhos sinto um estranho orgasmo,e quando os abro,quero fecha-lós novamente.Um,dois,três,quatros passadas arrastadas e finalmente caio.Caio de cansaço.
   Caio no universo branco e pacifico da minha mente.
  Flutuo,como uma nuvem sossegada e serena,no vasto e monocromático céu azul.

  
  

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Titulo não definitivo #3

                                                            PORCO

   -Achamos. –Disse o homem grotescamente gordo com um longo bigode fino,tão grande que tocava em seu ombro.Ele usava um tipo de calça de malha grossa que batia no joelho.Estava sem uma camisa,mostrando seus enormes peitos e sua imensa barriga.
 O outro homem deformado não respondeu,e eles continuaram caminhando pela estrada barrenta na imensa floresta de pinheiros.Carregavam um forasteiro,alguém que não era dali,estava com as mãos e as pernas amarradas em um galho forte de pinheiro,como se ele fosse uma caça.
     E ele era a caça.
   A barriga do homem,estava com um pequeno corte perto do umbigo,causado por algo retangular e afiado,uma espada ou katana.O sangue vermelho escuro escorria pelo corpo e derramava na estrada,fazendo uma trilha vermelha.
    Os dois seres grotescos caminhavam como zumbis,lentos e desajeitados,um deles tinha uma katana amarrada em sua cintura redonda,e o outro uma enorme mochila de pele de urso marrom,que o deixava corcunda de tão pesada.

                                                                           ---

    Sinto que não morri.
  Mas estou perto de morrer.O brilho hipnótico da katana era forte,e conseguiu me controlar.Mas não estou morto,só com uma tremenda dor de cabeça e algum ferimento.
   Sei que estou ferido mesmo dormindo,as aulas de ioga de três anos atrás serviram para algo.
    O professor,o qual não me recordo o nome,dizia sempre “Pensem em algum lugar que os deixe bem,e iram ter controle do seu corpo,mesmo dormindo”.Tentei diversos lugares: Praias,montanhas,desertos,cavernas,gelo e até bordeis.Nunca funcionava,sempre me perdia em devaneios.
    Até que certo dia,ele percebeu que minha energia não estava fluindo e me perguntou:
  -Está tudo bem,Mike?
 Digo que não,pois não consigo achar um lugar de paz e sossego dentro de mim.
  -Ah,meu caro. –Diz o professor –Tambem tinha esse problema quando estava começando ioga também,sempre me perdi em pensamentos,como “Tem uma conta pendente pra pagar” ou “Qual filme seria bom para assistir com a Melanie,minha ex-namorada”.Mas consegui resolver isso.
  Pergunto como.
 -Imagine-se em um lugar totalmente branco,nada além do infinito e inmensurável branco,que nem aquela cena do Matrix.Lá aonde não há ninguém e nem nada,nem ao menos poeira,só você.
   A principio parecia que isso não funcionaria,que os pensamentos tolos continuaria fluidos na minha mente,mas tentei.
  Primeiro,pensasse em um lugar qualquer,como o alto de um prédio.Isso só dá primeira vez,nas próximas se consegue já estar no recanto branco,a não ser que você não consiga.
  Bom,pensasse que esta nesse lugar,agora um luz branca e cegante evanesce do asfalto da estrada,e todas as coisas a sua volta vão se desintegrando.Casas,arvores,carros,pessoas e por fim,você.
   E quando sua visão volta ao normal,esta tudo branco,paz e sossego.
  Consigo fazer isso desde daquele dia,quando fico nervoso,quando vou dormir ou quando tento me matar e acabo aqui.
   No limbo na minha mente.
                                                                           ---
    
  Abro os olhos,e minha visão fica totalmente turva,tento coçar os olhos,mas percebo que não consigo me mover,meus pés e minhas mãos estão amarrados sob mim.
   Fui pego.
  Minha cabeça dói,parece que me embriaguei com vodka e ainda levei uma paulada na cabeça.Uma trilha de sangue se forma a minha frente,quando olho para baixo vejo que minha barriga esta com um corte,fazendo com que sangue escorra,mas não um corte tão grave,meu intestino ai continua dentro de mim,foi um corte raso.
    Mas o sangue escorre mais e mais,a cada segundo.
   A dor na cabeça diminui,percebo que estou em movimento,dois seres gordos e grotescos me levam amarrado a um galho.A imagem deles é sinistra,um deles carrega uma espécie de porrete,parte dele está remendada com um tipo estranho de metal e pregos,já o outro gordo carrega uma katana.A minha katana.
     A maldita katana.
   Agora tenho certeza absoluta,irei morrer.
 Se faço qualquer movimento ou mesmo murmúrio,eles iram percebe que ainda estou vivo e vão me matar,e se não reajo,o sangue continuara a escorrer,e escorrer,e possivelmente morro.
  É,o que foi que eu fiz pra chegar aqui...

 
   Longe dali,um estranho animal quadrúpede,corre com uma incrível rapidez por entre as arvores.Ele conseguiu senti o cheiro de comida a quilômetros da sua toca.São três,dois nativos e um forasteiro,que esta ferido,foi isso que fez o animal sentir o cheiro e correr em buscar de alimento.
   Finalmente comida.
  A cada segundo,o animal corre mais rápido,quase se chocando com as arvores e as vezes se chocando propositalmente nelas,fazendo-as despencar.
  Sobe uma rocha grande e curva,quase uma colina,até chega ao topo,e avista suas presas.
 Será um belo baquete.

domingo, 10 de julho de 2011

Titulo não definitivo #2

                                     Memória fraca

   Sempre tive uma memória boa.Sempre lembro que comia durante a semana,por exemplo,segunda passada comi um cheeseburguer no McDonalds.Terça-feira sempre vou no Subway,e como algum sanduíche “saudável” culpa do nutricionista,quarta e quinta,como qualquer coisa na rua,um hot-dog,pastel,algo do tipo.

  Por incrível que pareça,não lembro como vim para aqui,parece tudo uma sonho,o tronco áspero das arvores não é como os do Red Bird Park,s,ao ásperos,mas ao mesmo tempo macios,como um veludo.

 Passo por um pequeno riacho,e olho pela primeira vez meu reflexo na água.
Minha barba está por fazer,meu cabelo está estranhamente mais branco,como se eu estivesse envelhecido dez anos,além de incríveis olheiras na beira dos meu olhos.

  Bebo um pouco daquela água cristalina e pura,e limpo minhas feridas.Me sinto melhor,a dor na mão esquerda desapareceu,parece que aquela água é mágica,sinto minha energia voltar,não sinto mais dor,nem cansaço.Deviam vender essa água como um anti-depressivo.

   McDonalds,Subway,Burguer King.Sempre comia neles,e daria tudo para comer algo deles agora,faz um certo tempo que estou caminhando pela estranha barrenta,e nada de animais ou arvores que tenham frutas,só grandes pinheiros de veludo.Se pelo menos achasse alguma comida,nem que fosse uma minhoca,eu comia.Essa fome estar fazendo todos o meu intestino estremecer,parece que ele até está falando comigo.

 -Quer um Whopper Duplo –Resmunga minha barriga.

  Agora que fui perceber que o sol não sai do lugar,ele fica a 30 graus a minha frente o tempo todo,parece que nunca anoitece por aqui.Isso é ruim.E ao mesmo tempo bom.

Bom porque tenho mais tempo pra andar,e procurar ajuda,ou informações.
Ruim porque tenho que ficar andando,procurando alguém,e me cansando,e cansando.E quando tentar dormir não irei conseguir,por que só consigo dormir na minha cama macia,com minha roupa limpa,e meu lençol cheiroso.Além de só conseguir dormir no escuro completo.

                                Gente estranha.

Isso com certeza é uma pegadinha.
  Que nem a do programa do John Rock.
  Em que ele pega pessoas,que são inscritas por parentes ou amigos sacanas,é as leva a um lugar estranho.
  Lembro de um episodio em que levaram uma jovem moça,para uma savana,isso tudo ela dormindo,dopada por altas doses de Valium.Ela acordava lá,com uma roupa totalmente diferente da que ela foi dormir,ela tinha ido dormir com uma camisola,e acordou com uma lingerie de pele de onça.O que os amigos,parentes e os produtores não sabiam era que ela tinha um serio problema no coração,é assim que ela acordou e percebeu que não estava em casa,e sim em uma savana na África,de lingerie,teve um ataque fulminante no coração é morreu na hora.
  Claro que o episodio não foi ao ar,ele vazou na Internet,e semanas depois o programa foi cancelado.
 

 
Começo a gritar: Socorro,socorro.Alguem me ajude!
   E nada,a não ser o eco do meus gritos correndo pelos pinheiros colossais.
  Caio de joelhos no chão,estou derrotado.A Fome e o cansaço me derrotaram,nesse momento,pego no cabo da katana e tiro da bainha.A lamina da katana reluz como os olhos de alguém apaixonado olhando para o amado.O brilho me hipnotiza,sinto como se estivesse flutando.
   A Katana se apossa da minha mente.Sou todo dela.
  Haraquiri.
 Miro a lamina retangular na minha barriga,meus olhos estão vidrados na lamina da katana.Não    há como sair dali.Não há saída.
  Haraquiri.
   É o fim.Adeus Terra desconhecida.
  Coloco a katana um pouco mais longe para pegar impulso,e me golpeio.Sinto a lamina quadrada cortando minha pele como manteiga,mas em seguida escuto um baque surdo,sinto um dor extrema na minha cabeça,como se ouvessem aberto minha cabeça e colocado escorpiões em meu cérebro,e morro.
  
   E sinto-me livre,como no lugar do infinito branco.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Titulo não definitivo.


                      ACORDANDO DE UMA VIDA EM RASCUNHO


                               Floresta,samurai e sonhos.

 -Nada.
 Nada.Além de branco.Sei que é um sonho,sempre sonhava com aquilo: Um lugar branco e sem fim.
  E lá estava eu,parado,olhando a imensidão da branco perfeito,livre dos problemas,livre das contas,livre de pessoas chatas.Livre.
   E quando me sinto realmente livre,flutuando na paz branca,eu acordo.


    -Acordo,mas não na minha cama king size no meu apartamento imundo,número 211.Acordo ensopado,em meio a uma floresta de imensas arvores,que aparentam ser pinheiros.Me levanto e vejo que não estou vestindo minha bermuda listrada que uso para dormir,e sim,com uma calça larga,preta e velha.Estou confuso.

    A noite anterior,não lembro de nada.Absolutamente nada,mas lembro da minha vida,so meu trabalho no banco,dos “colegas” de trabalho contando piadas sem graças,de todas as minhas dividas,só lembro da minha vida,mas não de ontem.
    Começo a observar o meu redor.Só arvores de uns cinco metros de altura e uma estradinha de terra lamacenta.Ando pela estrada barrenta,sujando meus pés,a procura de ajuda,até que encontro uma bainha no chão,pegou com a mão,é percebo que a palmas da minha mão esta cheia de feridas,ela dói instantaneamente,mas eu consigo suportar.
    Já suportei coisas piores.
     E muito mais dolorosas.
  Observo a bainha negra e vejo que ela esta com uma espada,na verdade uma katana.Seguro com uma mão a bainha e com a outra,sem feridas,retiro a katana.Para minha surpresa,a ponta da katana,que devia ser triangular,era retangular.Tento dar alguns golpes com aquilo no ar,mas percebo que sou péssimo.Coloco de volta na bainha,e amarro-lá na lateral daminha calça,e continuou seguindo caminho pela estrada lamacenta.
    Sem rumo.
   Como sempre foi minha vida.

                       Sobre rotina e seu ciclo sem fim.

   Acorda.Tomar café.Ir ao trabalho.Suportar seres que mereciam ter nascido como outros animal,como uma formiga,que e´tido como um ser trabalhador,ou um porco.Almoçar.Assistir Tv.Jantar.E dormir.
   O resumo dos últimos 3 anos de vida de Mike Lee,e de outras pessoas,era aquele.Até nos finais de semana,ele trabalhava para tentar pagar as contas do apartamento.Mike era um cara extremamente infeliz.
     Infeliz no café da manhã.
      Infeliz no trabalho.
     Infeliz no amor.
  Totalmente Infeliz.
 Tentava suprimir sua infelicidade em compras.Livros,Video-games e,quando estava quase morrendo,anti-depressivos e mulheres.
  Ele era um cara inteligente,mas nas conversas com “porcos de terno”,ele era inteligente demais,e sempre era ignorado,ou até taxado com maluco.
   Porcos de terno,era como Mike Lee chamava seus colegas de trabalho e pessoas “importantes”.Haviam porcos de terno por toda parte,em fast-food,festa,jogos de futebol e logicamente,na sua rotina.
    Eles só serviam para duas coisas:
   Primeira:Mostrar que são importantes e tem dinheiro,ou pelo menos,tentar mostrar isso.
  Segunda:Transformar um ambiente,com pessoas comuns e trabalhadoras,em um ambiente ligeiramente mais importante.Por isso se vêem dois ou três porcos de ternos em praça de alimentação,para que aquele ambiente de Self-Service,se torne mais limpo.Mike apelidou isso de “Anti-acne da sociedade”.