quinta-feira, 28 de abril de 2011

Andarilho #3

-Estou morto – Pensou o Andarilho, de olhos fechados, deitado no chão

Seu corpo estava dormente, não queria se mover, aquela sensação era boa, sensação de liberdade...
   Pôs suas mão no chão e sentiu uma coisa molhada,cheirou sua mão,o liquido tinha cheiro de terra.

  -Não vou abri o olho,não vou abri o olho,não vou abri o olho... –Pensou ele,até que abriu um pouco o olho
 esquerdo para ver sua mão.Era lama,seus olhos se arregalaram,ou só o esquerdo,já que o direito estava inchado,ele sou um pequeno ruído de dor,seu olho estava extremamente inchado como de um lutador de boxe após ser nocauteado.
   Tentou,relutando,se levantar,mas um grande ferimento exposto no joelho não deixava,sentou-se de um modo esquisito e pegou sua mochila para pegar um curativo.A chuva já havia passado e os chão estava só com alguma poças de lama,tirou um esparadrapo da bolsa,rasgou a embalagem com os dentes e colocou sobre o ferimento no joelho.

-AHHHHHHHHHHHHHHH - Gritou o andarilho,seu grito ecoou por todo o lugar,urubus surgiram e,lá no alto do céu,começaram a fazer um circulo como se o Andarilho fosse a sua próxima refeição.

-Seus pássaros feios!Quem vai comer vocês no almoço sou eu!! –Gritou novamente, estava ficando louco, já se passará uma semana que não comia uma coisa decente.

Começou a vasculhar novamente a bolsa, acho um estranho spray e borrifou no joelho, era um tipo de Mertiolate, a dor aumentou, mas ele mordeu o braço da mochila tentando resistir a dor.
  E os urubus ainda o rodeavam lá no céu
A dor no joelho estava passando,ele voltou a buscar alguma coisa na mochila e pegou um estranho cilindro e duas pedras bem polidas.No cilindro haviam 2 buracos e um pavio,ele bateu as pedras até que uma começou a pegar fogo,o Andarilho começou a rir de um jeito estranho,colocou o fogo no pavio e apontou o cilindro para os urubus e um grande barulho saiu do cilidro,era um tipo de sinalizador primitivo,uma bola pequena saiu do cilindro em direção aos urubus,eles começam a se desviar desajeitadamente,a bolinha bateu no peito de um dos urubus,a batida foi tão forte que penas saíram do urubu,e logo em seguida um grande estrondo,seguido de uma explosão no céu,só 2 urubus conseguiram fugir,e os outros caíram.

-Hoje tem carne pro almoço –Falou o Andarilho,lambendo os lábios

Andarilho #2

  Sentirá uma dor na cabeça e abriu os olhos,estava em um corredor de uma mina,com goteiras e as paredes de pedra,algumas brilhavam,haviam tochas nas paredes para iluminar bem o caminho.Estranhamente,ele estava vestido,limpo e sem o ferimento no joelho.

-Só pode ser um sonho – Pensou

Levantou –se com um pulo,e olhou a sua volta.Ele achou estranho o sonho se passar em uma mina,mas devia haver alguma coisa naquela mina que o faria voltar a vida real.Começou a andar e observar o lugar,haviam goteiras que pingavam vagarosamente,o chão,molhado e lamacento,corria durante todo o corredor,mas magicamente,botas haviam aparecido em seus pés quando acordou.Havia alguma coisa brilhante muito forte no corredor,talvez esse seja o objetivo,pensou ele,e começou a correr,uma cosia que não fazia a tempos,os últimos meses foram baseados em derrotas,azar e tristeza,além de andar sem rumo pela Terra do Norte.
  Corria,e a cada segundo estava mais perto do brilho,mas em meses,ele estava feliz,correr para ele é um vicio,quando pequeno,em sua cidade,sempre apostava moedas como os outros moleques para ver quem era o mais rápido,ele sempre ganhava,e como naquele tempo ele era gentil,pegava o dinheiro e comprava doces de chocolate para os outros,ele era feliz,ele esta feliz.Viu que estava a uns 10 metros da luz e diminuiu a passada,sentiu um tontura e uma sensação estranha no seu corpo,mas nada grave,continuou a caminho da luz,e quando finalmente chegou lá ele viu :era uma estranha sala oval,suas paredes,eram como a de uma casa normal,o teto era de gesso,o piso era de madeira e brilhava de tão limpo,e no centro da sala havia uma estranha mesa de pedra,e em cima dela um envelope.Deu algumas passos,suas botas estavam sujas,o que fez o o piso brilhante ficar sujo,pegou o envelope,que estava com um suave aroma de perfume e abriu,lá havia uma carta,desdobrou e começou a ler:

     Querido diário
   Esta noite tive um estranho sonho,sonhei que estava em uma mina,úmida e fria,porem iluminada por tochas de madeira velha,comecei a caminhar pelo único caminho que havia la : um corredor,no final dele,havia uma estranha luz,tão forte quanto a do sol,comecei a correr em direção a aquela luz,sentir uma felicidade,era bom correr ali,faltando alguns metros,parei de correr e comecei a caminhar,foi então que tive uma estranha sensação,parecia que estava me afogando em um mar de sonhos perdidos,quando a sensação passou eu já estava a um passo da luz,e assim que entrei nela,acordei
   Eu e meus sonhos idiotas,hahahaha.
Não haviam assinaturas,só aquele doce perfume,ficou perplexo,a pessoa que havia sonhado aqui tinha dito o mesmo sonho que estava acontecendo com ele agora.

-Que porra e essa... –Sussurou

Colocou a carta dentro do envelope e pôs na mesa novamente,assim que colocou uma estranha chama surgiu e começou a queimar a carta,as paredes e o tetos começaram a derrete,o chão tremia,olhou pra trás,com um extremo medo e começou a correr,mas não estava feliz,as goteiras que antes pingavam lentamente,começaram a ficar rápida,como as de uma chuva,a lama já batia em seu joelho e o nível da água continuava a aumentar,começou a nadar para o inicio do corredor,e o nível da água aumentava mais e mais,a goteira pingava mais rápido,nadou desesperadamente até um beco sem saída,o inicio do corredor não passava agora de uma parede de pedra,a água já havia chegado ao nível Maximo,tocando no teto,ele estava morrendo,fechou o olhos e esperou a água lamacenta entrar pelo seus pulmões,mas sentiu um coisa áspera na sua testa,era uma parte da carta que estava escrito:

  Afogando em um mar de sonhos perdidos...

  Seus olhos se arregalaram,o ultimo oxigênio que havia em seus pulmões saiu com o susto e o medo juntos,seus olhos se reviraram,estava morto,afogando naquele mar de sonhos perdidos.

Andarilho

Chovia,simplesmente chovia,mas não havia aonde se abrigar,a estrada estava deserta,maldito azar.
  Caminhava em direção ao nada,ao horizonte cinza da chuva,levava uma mochila estampada xadrez e usava uma calça jeans,sua vestes tinham sido perdidas  em um jogo de cartas em uma cidade qualquer,ô azar

   A Chuva começara a ficar mais violenta,mais forte,cada gota parecia como uma pedra,hematomas começaram a aparecer pelo seu corpo,mas não havia dor,já havia sentindo muita dor em sua vida e aprendido a conviver com ela,faltava muito ainda para que chegasse a cidade mais próxima,começou a pensar que seu corpo não agüentaria os ferimentos e iria desmaiar na deserta estrada e ser comido por Lobos e Corvos,mas essa idéia não ficou muito tempo em sua mente quando avistou a uns 200 metros um colina com uma arvore velha e apodrecendo,pórem ainda viva.

-Estou salvo –Sussurou o pobre andarilho.

Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto,sua passada começou a acelerar,estava quase correndo,e a chuva ficava forte a cada momento,surgiam mais hematomas e os antigos doíam mais,mas continuava a andar,e a dor,não passava de uma sensação estranha.Uma gota bateu em seu olho,o que o fez cair no chão como  um bandido em um duelo no faroeste,seu olho começou a sangrar,havia um curativo na bolsa mas se tirasse naquela chuva não surtiria efeito,começou a rastejar,faltava pouco metros até que chegasse ao começo da elevação da colina,sua calça estava suja de lama,ô azar

 Com um olho sangrando e o outro quase fechado para se proteger das ferozes gotas de chuva,sua visão ficava muito limitada,mas continuava a rastejar até finalmente chegar ao começo da colina,se ajoelhou e tentou se levantar,pórem,quando estava se levantando sentiu um estranha sensação no joelho,seu jeans,estava rasgado da parte do joelho direito,o qual estava sangrando,olhou bem o ferimento e percebeu uma mancha branca no meio do ferimento,era o osso do joelho exposto ,sentiu um enjôo quando viu aquilo,já tinha visto vários mortos,pessoas sem membros e até mutantes,mas sentirá o gosto ruim de vomito subindo pela sua garganta,engoliu em seco,o enjoo havia passado e uma sensação estranha pairou em seu corpo,não conseguiu se controlar,fechou os olhos e caiu de costas,em meio a furiosa chuva.Ô azar